Santa Aula reúne cinéfilos para recordar a história dos cinemas
- Dígrafo Editorial
- 13 de dez. de 2023
- 2 min de leitura
Resgatar memórias afetivas e valorizar a história da Grande Tijuca. Este é o objetivo do projeto Santa Aula que, implementado pelo Bar Santo Remédio, no Grajaú, recebeu o professor-doutor em História William Martins, para uma roda de conversas sobre a história dos cinemas.
Além dos conhecimentos transmitidos, o bate-papo, realizado na noite desta terça-feira, 12 de dezembro, representou um momento de conexão entre os frequentadores do bar. O saudosismo tomou conta do lugar, e os cinéfilos trocavam olhares, tentavam puxar de suas memórias locais, salas, filmes, livros e histórias de tempos de muita felicidade.
De acordo com o historiador, o cinema surgiu no Brasil no ano de 1895 pelas mãos do imigrante italiano Paschoal Segreto. Mas foi em 1907 que a primeira sala de cinema chegou à Grande Tijuca com o ‘Pathé Cinematográfico’, que durou menos de um ano.
Ex-morador da região, Martins relacionou algumas das 44 salas de cinemas de rua da época; dentre elas, o América, o Carioca, o Olinda e o Metro-Tijuca. Além destes, os cinemas de galerias, como o Bruni e o Tijuca Palace. “Eram locais privilegiados para os encontros coletivos de cinéfilos ou pessoas que faziam do hábito de assistir filmes apenas mais uma forma de lazer”, ressaltou ele, comentando, ainda o projeto que transformou a Cinelândia, no Centro do Rio, na versão brasileira da Times Square; uma inspiração do empresário espanhol Francisco Serrador.
A Santa Aula trouxe, contudo, a triste lembrança do desaparecimento dos cinemas de rua, na década de 80. Segundo ele, motivado pelo surgimento dos vídeos cassetes, dos elevados preços das sessões e do surgimento dos cinemas menores nos shoppings centers.
Para os mais inspirados com o tema, o pesquisador William Martins indicou, ainda, a leitura do livro ‘Palácios e Poeiras – 100 anos de cinemas no Rio de Janeiro’, da escritora Alice Gonzaga. Marcaram presença a jornalista Luiza Felix, do jornal O Tijolinho, e a coordenadora da Pastoral Social da Paróquia São Cosme e São Damião, Marcia Torres Barbosa, gentilmente recepcionadas por Vagner Duarte, idealizador do projeto.
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